Esperança

Aquela mensagem atordoou, emocionou e mexeu comigo. Parecia o momento perfeito, mas falar sobre amizade e reconsilhação era um tanto quanto melancólico. Depois que o fogo havia se apagado alí, nós precisávamos encarnar a Fênix e renascer das cinzas. Renascer tudo aquilo que havíamos vivido juntos. Porque podia parecer que não importava mais, mas ainda estava tudo guardado no fundo do coração com gratidão. Agora que a raiva se ausentara, a serenidade reinava em mim. Eu tinha a absoluta certeza de que aquela mensagem não havia mexido só comigo. Percebi no silêncio que não somente eu prestava atenção. Minhas palmas contidas ecoaram naquele outro coração vazio esperando o perdão. As lágrimas no canto interno dos olhos despertaram um sentimento denominado esperança. Esperei sentada depois da onda de aplausos uma troca de olhares, mas nada aconteceu. Pode ser que a fábula apresentada na mensagem não funcione no mundo real, mas esssa esperança que nasceu em mim, não me deixará desistir e será a prova de que tentei.

Por Ana

Aqueles únicos

Eles não são pessoas normais, pelo menos não para mim. Cada um com seu jeito peculiar de ser, são incríveis. Cada um tem sua graça e seu brilho próprio. Aqueles que me aceitam de qualquer maneira sem questionar. E também aqueles que sem importar as circuntâncias, estarão me apoiando. Querendo o meu bem sempre, eles falam a verdade, mesmo que doa. São irmãos que eu escolhi, independente de raça, gênero ou religião. É neles que eu encontro a mais importante das qualidades, o respeito. Desde os mais recentes (como Felipão, Bárbara e Gabi), até os de longa data (como Bia e Bru). Os que estão longe no momento (como Sarah e Perez), os que agora estão afastados e mesmo os ligados por sangue (como Mari e Vô Nelson). Todos, do fundo do coração, eu amo, indolatro e tento entender. Porque foram eles que me apresentaram a um sentimento lindo, cada vez mais profundo, um sentimento único e especial. Um sentimentos que pretendo guardar e levar comigo para sempre. Esse anjos que me apareceram são eles, meus amigos.


Por Ana

obs.: Não podia botar muitos nomes em meu texto, mas todos que são meus amigos e que sabem disso, dedico isso a vocês.

Esquecer - uma ida sem volta

Penso agora nas melhores formas de esquecer, pois percebi que essa é a melhor forma de não sofrer mais. Algumas opções vem a minha mente. Talvez cortar tudo, picar até o fim, deixar ilegível, mas não, os pedaços ainda estariam lá, e com uma simples fita colante tudo voltaria a tona. Ficaria tentada a voltar com tudo aquilo. Jogar no lixo seria uma boa ideia, eu não teria mais nada, mas por um outro lado, ainda existiria tudo. Não comigo, e provavelmente bem longe, quase impossível de resgatar, mas alguém o teria. Qual a possibilidade então? Deixo de lado esses pensamentos e vou me ocupar com alguma outra coisa qualquer. Depois de um tempo, o meu "esquecer" se torna importante novamente e uma ótima ideia surge. Queimar. Uma medida um tanto qunto drática, mas extremamente nescessária. Queimando só sobrariam as cinzas, impossíveis de serem recuperadas. Uma ida sem volta ao que eu gostaria de esquecer. Ponho em prática minha ideia e finalmente sei que aquilo não existe mais.

Por Ana.

Seus olhos

O final da luz do dia já acabou. A escuridão já tomou conta da rua. É quase impossível enxergar. A única luz, além da dos pirilampos, é uma bem fraca vinda de um único poste enferrujado. Começo a ver então, longe do campo de luz do poste, um brilho muito intenso e fascinante. Me perco por um tempo tentando descobrir o que é aquilo. À medida em que se aproxima e é gradualmente iluminado, a emoção toma conta de mim. Um aperto no peito de surpresa e um fraquejo nas pernas ao finalmente descobrir a origem do brilho. Percebi que era o olhar, o olhar que eu costumava olhar no retrato todo dia antes de adormecer. O olhar pelo qual deixei várias lágrimas caírem. A razão de todas as noites mal dormidas. O olhar pelo qual eu magicamente me apaixonei. O olhar da pessoa que eu amei. Um brilho incrível, que eu nunca me esqueceria. O olhar dele. Vinha acompanhado também de um sorisso, um sorriso que mesmo do escuro eu podia ver que era sincero. Ele parou, pelo jeito esperou minha reação, continuou sorrindo. Levei minha mão à boca sem acreditar. Havia esperado tanto tempo por aquele momento que nunca aconteceu. Agora, inesperadamente, estava ali, em frente à mim. Por impulso corri até ele. Sem hesitar o abracei e me veio à memória todos os momentos bons que tinham passado. O aconchego e o carinho eram imensos. Acariciei o rosto macio, passei as mãos pelos cabelos sedosos, e finalmente vi de perto aqueles olhos.

Por Ana

Smiling Tears

Então, você se depara com esse blog, e não sabe como veio parar aqui, mas o importante é que está aqui. Sim, Smiling Tears ainda está em construção, mas em breve novos textos estarão à sua disposição. Visite-nos sempre, Mari e Ana.